Relevo



Conjunto das diferenças de nível da superfície da crosta terrestre resultantes de mudanças que podem durar milhões de anos. O relevo é formado por dois tipos de força que atuam simultaneamente: as internas e as externas.
Forças Internas–Também chamadas de agentes endógenos, as forças internas são responsáveis pela criação do relevo. Originam-se da crosta da Terra ou do manto (camada localizada abaixo da crosta). Abrangem o tectonismo, o vulcanismo e os abalos sísmicos.
O tectonismo compreende movimentos lentos na crosta terrestre que provocam o deslocamento dos continentes. Esses podem ser verticais ou horizontais. Os verticais levantam ou rebaixam a crosta em longo espaço de tempo e acontecem, por exemplo, na península Escandinava (norte da Europa), que, a cada século, sobe 38 cm. Os horizontais são deslocamentos intensos que levam à formação das cadeias de montanha. Ocorrem nas áreas de choque das placas tectônicas e causam grandes enrugamentos ou dobras, que chegam a atingir quilômetros de altitude.
O vulcanismo atua quando o magma, rochas em fusão vindas do manto terrestre, atinge a superfície e os abalos sísmicos quando tremores na superfície terrestre provocam movimentação entre blocos de rochas situados na crosta.
Forças Externas–Conjunto de elementos que modelam o relevo terrestre. Os principais são o intemperismo e a erosão. O intemperismo, processo de degradação das rochas provocado pelo clima, pode ser físico – as rochas sofrem mudanças no tamanho e no formato em função dos contrastes térmicos entre o dia e a noite – ou químico – a ação da água altera a composição química das rochas. Já a erosão é causada pela água da chuva e dos rios, pelo vento, pelo gelo e pelo mar, que transportam os sedimentos desagregados depositando-os em outros lugares.
Formas do Relevo–Os principais tipos de relevo são as planícies, os planaltos, as depressões e as montanhas.
As planícies são terrenos de superfície plana formados por rochas sedimentares. Podem ser encontradas em baixas ou altas altitudes (planícies de montanhas). Ocupam mais de um terço da superfície terrestre e em geral acompanham as margens de grandes rios, lagos e oceanos. Por causa de sua forma plana, facilitam o cultivo e o transporte fluvial e terrestre, sendo, por isso, as áreas mais povoadas do planeta.
Os planaltos são elevações produzidas por erosão de rochas sedimentares ou cristalinas, em geral de altitude entre 300 e 1.000 m. Mas também podem ser encontrados em áreas acima de 3.000 m, cercados por cadeias de montanhas (como o altiplano boliviano). Quando se desenvolvem em bacias sedimentares, muitas vezes apresentam topos aplanados com bordas em escarpas, formando as chapadas.
As montanhas são as áreas mais altas da crosta terrestre, de formação recente, que resultam do encontro entre placas tectônicas. Normalmente formam cadeias, como as cordilheiras dos Andes e do Himalaia. As que aparecem isoladas em geral têm origem vulcânica.
As depressões são áreas da superfície terrestre localizadas em altitudes inferiores às demais formas de relevo que as circundam. Quando se situam abaixo do nível do mar se chamam depressões absolutas.


Fonte Enciclopédia Abril


PICOS MAIS ALTOS NOS CONTINENTES

Continente Pico Altura/m Local

Ásia 1º Everest 8.848 Nepal/China 2º K-2 8.616 Paquistão/China 3º Kanchenjunga 8.603 Nepal/Índia

América do Sul 1º Aconcágua 6.960 Argentina/Chile 2º Ojos del Salado 6.863 Argentina/Chile 3º Huascarán 6.768 Peru

América do Norte 1º McKinley 6.194 Alasca, EUA 2º Logan 6.050 Canadá 3º Orizaba 5.700 México

África 1º Kilimanjaro 5.895 Tanzânia 2º Quênia 5.199 Quênia 3º Rwenzori 5.119 Uganda

Europa 1º Elbro 5.642 Federação Russa 2º Kasbek 5.033 Geórgia 3º Monte Branco 4.810

França Antártica 1º Vinson 5.140 2º Kirkpatrick 4.530 3º Markham 4.350

Oceania 1º Wilhelm 4.508 Papua Nova Guiné 2º Mauna Kea 4.205 Ilhas Havaí 3º Mauna Loa 4.169 Ilhas Havaí

Fonte: Atlante de Agostini


Fonte Professor PC - Geografia

Fonte Professor PC - Geografia

Escala Cartográfica

Já sabemos que o mapa representa, de forma reduzida, o espaço geográfico. Para representar corretamente o que existe na Terra é necessário a utilização de escala nos mapas.Tomando-se como base a escala apresentada pelo mapa, podemos com isso, avaliar distâncias e obter medidas.Escala é uma relação matemática existente entre as dimensões ( tamanho ) verdadeiras de um objeto e sua representação ( mapa ). Essa relação deve ser proporcional a um valor estabelecido.
A cartografia trabalha somente com uma escala de redução, ou seja, as dimensões naturais sempre se apresentam nos mapas de forma reduzida. Você vai encontrar nos mapas dois tipos de escalas: escala numérica e escala gráfica.
Escala Numérica: é representa da por uma fração, onde o numerador corresponde à distância no mapa ( 1 cm ) , e o denominador à distância real, no terreno. Pode ser escrita das seguintes maneiras:
ex. ____1___ , 1/300 000 e 1:300 000
300 000

Nos três casos lê-se a escala da seguinte forma: um por trezentos mil, significando que a distância real sofreu uma redução de 300 000 vezes, para que coubesse no papel.
No exemplo acima de escala numérica, a fração tem o seguinte significado: numerador distância medida no mapa ( 1 cm )
denominador distância real ( 300 000 cm )

O aluno sabendo que cada 1 cm medido no mapa, corresponde a uma medida real ( ex. 300 000 cm ), deverá agora aprender a converter os 300 000 cm em Quilômetros ( Km ), que é a unidade de medida usual para grandes distâncias.
Para fazer a transformação de cm ( centímetro ) para km ( quilômetro ) ,devemos utilizar uma tabela com os submúltiplos e múltiplos do metro:

submúltiplos do metro <——-metro ———> múltiplos do metro

mm-milímetro / cm-centímetro / dm-decímetro / metro / dam-decâmetro / hm-hectômetro / km-quilômetro

O aluno observando a tabela acima, deverá verificar que um número que esteja na casa do cm ( centímetro ), e para ser transformado em km ( quilômetro ), deverá deslocar-se por 5 ( cinco ) casas.
Retornando a escala do nosso exemplo;
1:300 000 —> 1 cm no mapa equivale 300 000 cm na realidade ou ( 3 00000 ) 3(três) km.
1:20 000 000 —> 1 cm no mapa equivale 20 000 000 cm na realidade ou ( 200 00 000 ) 200 km.
1:200 000 —> 1 cm no mapa equivale 200 000 cm na realidade ou ( 2 00 000 ) 2 km.
1:154 000 000 —> 1 cm no mapa equivale a 154 000 000 cm na realidade ou ( 1540 00000 ) 1540 km.
1:100 —> 1 cm no mapa equivale a 100 cm na realidade ou ( 0,001 00 ) 0,001 km.

ESCALA GRÁFICA: é representada por uma linha reta graduada.

0 10 20 30 40 50 60
|____|____|____|____|____|____|
( km - quilômetros )

cada intervalo da reta graduada no mapa corresponde a 1 cm, que na realidade , neste exemplo utilizado, representa no terreno 10 km. A escala gráfica é mais simples que escala numérica. É que na escala gráfica não há necessidade de conversão de cm ( centímetro ) para km ( quilômetros ). A escala já demonstra quantos quilômetros corresponde cada centímetro.

Como ampliar o mapa?

Para ampliar o mapa deve-se aumentar a riqueza de detalhes. Assim, devemos proceder da seguinte forma: Diminuir o denominador —> Aumentar a escala

Ex: Num mapa de escala 1: 100.000, queremos ampliar o mapa 5 vezes. Devemos usar a escala 1: 20.000.

Como reduzir o mapa? Para reduzir o mapa deve-se diminuir a riqueza de detalhes. Assim, devemos proceder da forma a seguir: Aumentar o denominador —> Dinimuir a escala

Ex: Num mapa de escala 1: 100.000 queremos reduzir o mapa 5 vezes. Devemos usar a escala 1: 500.000.

Como escolher a melhor escala?


Área geográfica (terreno) Escala
Cidade de São Luís 1: 9.000
Maranhão 1: 1.000.000
Brasil 1: 9.000.000
América do Sul 1: 19.000.000
Planeta Terra (Múndi) 1: 40.000.000

- CONCLUSÃO 1

A cidade de São Luís tem uma área geográfica menor. Temos de usar uma escala maior (1: 9.000).


- CONCLUSÃO 2

O planeta Terra tem uma área geográfica maior. Temos de usar uma escala menor (1: 40.000.000) para confeccionar o mapa múndi.

Coordenadas Geográficas

Atualmente para o homem se localizar na superfície terrestre é muito simples basta ter um GPS (Sistema Global de Posicionamento). Mas nem sempre foi assim. A melhor opção é saber utilizar um mapa e junto com ele a Rosas do Vento.
Com as Rosas do Vento temos: os pontos Cardeais (NORTE, SUL, LESTE, OESTE); os pontos Colaterais (NORDESTE, NOROESTE, SUDESTE, SUDOESTE); e os pontos Sub – Colaterais (
NORTE-NORDESTE, LESTE-NORDESTE, LESTE-SUDESTE, SUL-SUDESTE, SUL-SUDOESTE, OESTE-SUDOESTE, OESTE-NOROESTE E NORTE-NOROESTE).


Mas para saber a localização exata de um país, cidade, ou qualquer região temos que conhecer as linhas imaginárias, são elas:

Paralelos: Linhas que cortam o planeta e variam de 0° a 90° Norte e Sul (Paralelo de 0° é a Linha do Equador).

Meridianos: Linhas que cortam o planeta e variam de 0° a 180° Leste e Oeste (Meridiano de 0° é o Greenwich).

Para caracterizar uma localização exata paralelos passam a ser chamados de Latitude e meridianos de Longitude.

Latitude: É a medida em graus de qualquer ponto da superfície terrestre até a Linha do Equador, que podem variar de 0° a 90° Norte e 0° a 90° Sul.

Longitude: É a medida em graus de qualquer ponto da superfície terrestre até o meridiano de Greenwich, que podem variar de 0° a 180° Leste e 0° a 180° Oeste.









Longitude

Fonte: http://www.cienciaviva.pt/latlong/anterior/gps.asp
















Latitude

Fonte: http://www.cienciaviva.pt/latlong/anterior/gps.asp







Com a união da latitude e longitude formamos a localização exata da região a qual queremos saber.
















De acordo com a imagem podemos dizer que a Cidade A está numa Latitude: 23º 03' 45" Sul Longitude: 45º 33' 45" Oeste ( Exatamente a cidade de Taubaté SP).
Os meridianos além de proporcionar a posição, ele também é responsável pela formação das horas.
O planeta apresenta uma circunferência de 360° e 24h a cada dia, portanto dividindo 360 por 24 temos exatamente 15, ou seja, 15° para cada meridiano que representa 1h por meridiano de 15°. Exemplo.
Temos 12 meridianos a leste e 12 a oeste. Sendo que a cada 15° a leste aumenta 1h, e a cada 15° a oeste diminui 1h.



Fonte: http://www.astral-online.com/amostra/fuso.shtml

Cada fuso foi delimitado para que não dividisse estados, cidades ou regiões ao meio, tendo 2 ou até mais fusos. No caso de países grandes como é o caso do Brasil temos 3 fusos (a partir de 2008) são eles.

A parte verde do mapa se refere ao horário oficial do Brasil que compreende a maior parte dos estados brasileiros. Estamos a 3 horas a menos que Londres (Greenwich) horário oficial mundial.
Coordenadas Geográficas de algumas cidades brasileiras:

*São Paulo: Latitude: 23º32'51" S_Longitude: 46º38'10" O

*Rio de Janeiro: Latitude: 22°54’ 24” S_Longitude: 43°10’ 21” O

*Belo Horizonte: Latitude: 19°55’ 57” S_Longitude: 46°56’ 32” O

*Santa Catarina: Latitude: 27°35’ 36” S_Longitude: 48°35’ 56” O

*Fortaleza: Latitude: 03°45’ 47” S_Longitude: 38°31’ 23” O